Essa jornada é a nova moeda dos serviços financeiros. A estratégia ajuda a minimizar atritos, maximizar a velocidade e eficiência, além de ser essencial para garantir a confiança do usuário, gerando novas oportunidades de receita.
O fato é que as soluções financeiras fazem parte do futuro das instituições, e oferecer um ecossistema completo de serviços para que os clientes não precisem sair do seu ambiente pode ser a chave para garantir satisfação e fidelidade. É aí que entra o embedded finance e o Banking as a Service (BaaS), permitindo que diferentes setores passem a incluir serviços financeiros ao seu portfólio sem se desviarem do seu core business.
Até o fim de 2022, o Brasil registrou 4,5 contas digitais abertas por pessoa economicamente ativa. Trata-se de um aumento de 15% na comparação com 2021. A estimativa faz parte do Estudo Comparativo de Bancos 2022, desenvolvido pela regtech idwall e feito a partir de coleta de dados públicos, que projeta um total de 184 milhões de contas digitais abertas somente no ano passado.
O relatório mostra ainda que o Brasil possui ao menos 10 instituições digitais com mais de 10 milhões de clientes. As instituições avaliadas cresceram, em média, 169% em 2021.Entre os usuários desse modelo de conta bancária, a economia gerada com taxas de manutenção foi um dos principais motivos para a saída dos bancos tradicionais (53,7%).
As vantagens são muitas, e o mercado já se mobiliza para suprir essa demanda crescente. Hoje, a oportunidade tem sido mais explorada pelos varejistas, tanto que grandes nomes do setor oferecem uma ampla gama de serviços financeiros, inclusive indo além das contas digitais e dos cartões pré-pagos.
A implementação do BaaS tem como principal característica a facilidade. As APIs são integradas diretamente sistema da empresa, que utiliza toda a tecnologia e expertise em serviços financeiros da plataforma de BaaS, podendo focar na experiência do seu cliente. Além disso, como os serviços são personalizados, é possível criar condições de pagamento únicas para cada nicho.
Companhias de diferentes áreas de atuação ainda podem disponibilizar serviços financeiros, como Pix, TED, arrecadação, pagamento de boletos, documentos de cobrança, contas individuais e outros.
Uma concessionária que fornece energia elétrica para uma cidade pode passar a ofertar o serviço de conta bancária para o seu público, ou uma rede de supermercados pode fidelizar mais clientes ao disponibilizar um cartão de crédito personalizado, por exemplo. Além de oferecer melhores taxas, a empresa passa a ter acesso a informações relevantes sobre os clientes – mais uma tendência inegável para se destacar perante a concorrência.
O fato é que oferecer um leque de serviços financeiros pode melhorar a experiência do cliente final. Ao contratar a plataforma adequada, gerida com expertise, a empresa utiliza toda a infraestrutura de tecnologia e ela mesma fica responsável pelo front-end, ou seja, pode criar a experiência que funcione melhor para o seu público. Além disso, utilizando o Banking as a Service, a empresa não precisa desenvolver uma solução financeira do zero. A parceria com uma instituição especializada pode trazer todo o know-how para a criação de um projeto de ponta a ponta e gerenciado 100% pela provedora.
O projeto certo pode trazer diversificação de receita, já que a oferta de serviços financeiros para parceiros gera novas fontes de receita e rentabilidade para os negócios, e ainda fidelizar seus clientes, possibilitando um maior e mais estreito relacionamento, aumentando as taxas de retenção.
Empresas que oferecem serviços e produtos financeiros aumentam sua chance de gerar novos negócios em seu setor de atuação, atraindo cada vez mais público. Dessa forma, geram ainda mais valor e vantagem competitiva no mercado através de soluções com a sua marca.
Publicado em 19 de julho de 2023
Orignalmente por https://jornaltribuna.com.br